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segunda-feira, 29 de julho de 2024

SEM FELICITAR NICOLÁS MADURO, BRASIL DIZ AGUARDAR DADOS POR MESA DE VOTAÇÃO NA VENEZUELA

Itamaraty afirma que acompanha com atenção processo de apuração, 'indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito'

Redação




O governo do presidente Lula (PT) divulgou uma nota na qual não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela, declarado vencedor pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) no pleito do último domingo (28). No texto, o Itamaraty diz que acompanha com atenção o processo de apuração e aguarda “dados desagregados por mesa de votação”, passo “indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

“O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”, acrescenta o texto.

Até a manhã desta segunda (29), o governo brasileiro era um dos únicos atores relevantes na região a ainda não ter se manifestado oficialmente sobre a corrida presidencial venezuelana.

O CNE anunciou na madrugada que Nicolás Maduro venceu o pleito, mas os números foram contestados pela oposição, que aponta fraude.

Enviado do Planalto para acompanhar a votação, o assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, esteve reunido com os observadores eleitorais do Carter Center. Depois, vai se encontrar com um painel de especialistas ligados à ONU. Ambos organismos são considerados os representantes estrangeiros com mais credibilidade para avaliar a lisura e transparência do pleito.

Segundo Amorim, governo continua acompanhando os acontecimentos “para poder chegar a uma avaliação baseada em fatos”.

“Como em toda eleição, tem que haver transparência, o CNE ficou de fornecer as atas que embasam o resultado anunciado. Também não vou endossar nenhuma narrativa de que houve fraude. É uma situação complexa e nós queremos apoiar a normalização do processo político venezuelano”, disse Amorim.

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