VOLUME DO SETOR DE SERVIÇOS NA BAHIA CAI ENTRE JULHO E AGOSTO (-2,8%)

Mesmo com queda, manteve alta em relação ao mesmo período no ano passado

Redação

Imagem | José Cruz | Agência Brasil

O volume do setor de serviços na Bahia recuou (-2,8%) na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, voltando a apresentar queda, após a alta registrada entre junho e julho (2,5%).

Foi uma retração mais profunda do que a verificada no Brasil como um todo (-0,9%) e a 5a mais intensa entre os 19 estados com resultados negativos para o setor, nessa comparação, empatada com a do Piauí (-2,8%). Frente ao mês anterior, Alagoas (-5,6%), Acre (-4,8%) e Maranhão (-3,4%) tiveram as maiores quedas, enquanto Mato Grosso do Sul (7,5%), Rondônia (3,7%) e Rio Grande do Norte (2,3%).

As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do (IBGE).

Apesar do recuo frente a julho, o volume do setor de serviços baiano se manteve em alta na comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto/22). Mostrou crescimento de 3,8%, o 29º resultado positivo consecutivo nesse indicador, que avança mês a mês, desde abril de 2021.

Nesse confronto, o aumento do volume de serviços prestados na Bahia foi mais expressivo do que o registrado nacionalmente (0,9%), mas apenas o 18º entre os 27 estados, 23 dos quais apresentaram avanços.

As maiores altas ocorreram em Mato Grosso (26,3%), Rondônia (14,8%) e Mato Grosso do Sul (13,9%), enquanto Amapá (-13,7%), São Paulo (-4,6%) e Pernambuco (-3,2%) apresentaram os resultados mais negativos nessa comparação.

Assim, no acumulado no ano de 2023, frente ao mesmo período no ano anterior, os serviços baianos apresentaram crescimento de 7,5%, em um avanço superior ao nacional (4,1%) e o 13º mais elevado do país.

Os resultados do setor também seguem positivos, no estado, no acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, com alta de 6,5%, um crescimento também acima do verificado no Brasil como um todo (5,3%), mas é somente o 17º mais elevado.

Frente a agosto/22, 4 das 5 atividades de serviços cresceram na BA, puxadas mais uma vez por informação e comunicação (9,6%)

O crescimento do volume de serviços prestados na Bahia em agosto de 2023, na comparação com o mesmo mês de 2022 (3,8%), foi, assim como havia ocorrido em julho, resultado de altas em quatro dos cinco grupos de atividades investigados.

Novamente, a principal influência positiva veio dos serviços de informação e comunicação (9,6%). A atividade registrou a maior taxa de crescimento no mês (embora bem menor do que a de julho, 21,6%) e teve o oitavo avanço consecutivo, mostrando, até agosto, resultados positivos em todos os meses de 2023.

A segunda maior contribuição para o resultado geral dos serviços no estado foi a dos serviços profissionais, administrativos e complementares (8,3%). A atividade também registrou crescimento do volume em todos os meses de 2023 até agosto.

Pelo segundo mês consecutivo, o único segmento em queda foi o de outros serviços (-2,1%), que engloba atividades de gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação; auxiliares dos serviços financeiros, seguro, previdência complementar e plano de saúde; imobiliárias; apoio à agricultura, pecuária e produção florestal; e manutenção e reparação de bens diversos.

Serviços turísticos na Bahia têm a 2ª maior queda do país de julho para agosto (-6,1%), mas o maior crescimento frente a agosto/22 (13,0%)

Em agosto de 2023, o volume das atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia voltou a cair (-6,1%) frente ao mês anterior (julho), na série com ajuste sazonal. O indicador havia registrado alta na passagem de junho para julho (6,2%).

A queda registrada na Bahia no mês foi a 2a mais intensa entre os 12 estados onde o agregado de atividades turísticas é pesquisado separadamente pelo IBGE, sendo superior apenas à registrada em Pernambuco (-8,1%), e ficando abaixo do resultado nacional, que também apresentou retração (-1,5%).

Dentre os 12 estados com resultados para o turismo, apenas 4 registraram resultados positivos na comparação com o mês imediatamente anterior: Paraná (2,6%), Goiás (1,8%), Santa Catarina (1,1%) e Ceará (0,4%).

Frente ao mesmo mês do ano anterior, porém, o turismo baiano registrou o maior crescimento do país (13,0%). O estado teve o seu quarto resultado positivo consecutivo no indicador, que desacelerou frente ao índice de julho (21,4%). Nacionalmente, houve alta de 4,9%.

No acumulado nos primeiros oito meses do ano, os serviços turísticos baianos também sustentam alta (13,6%), acima da verificada no Brasil como um todo (8,0%) e a 2a mais elevada entre os 12 estados pesquisados – menor apenas do que a registrada em Minas Gerais (17,6%).

O desempenho das atividades turísticas na Bahia segue positivo ainda no acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, com alta de 11,4%. Nessa comparação, o índice baiano também é superior ao nacional (10,4%) e o 3o maior entre os 12 locais pesquisados, abaixo apenas de Minas Gerais (21,5%) e Paraná (12,5%).